Todos um dia se apaixonam e vivem histórias de amor nada confortantes.

Falarei de um pequeno romance.
Quem não passa por uma fonte, e tem desejo de atirar uma pedra e pedir um desejo? Pois bem, um dia, uma rapariga com suas amigas terá passado numa ponte, onde olhava para as águas que por baixo dela corriam. E não olhou a meios, e com a Mao tirou todas as moedas que tinha no bolso e atirou de costas vendo apenas onde cairiam. Pediu um breve desejo, que o rapaz de quem ela gostava, lhe desse uma outra oportunidade.
Ela não sabia do que ele a culpara. De facto ela se inquietava, uma relação estranha que teriam.
Todas as noites ela se perguntava se queria mesmo ter pedido aquele desejo, mesmo estando com ele, ela sofria. Eram poucas as vezes que se uniam e muitas as vezes em que ela não confiava nele. Não sabia o que era melhor para eles.
Conheceu outro rapaz, e começou a viver uma mentira, com medo que um dia se arrependesse do que teria ou não teria feito.
Os meses foram passando. Mas em pensamento ficava o seu desejo do amor antigo. Amor esse que fugiu, assim que ela disse:

-Amo-te.

Imagino me no lugar dela. Nunca mais iria conseguir dizer o que realmente sinto.
Mas o que aconteceu é que ela alem de não conseguir dizer o que de verdade sentia, não quis amar mais, e a pessoa que com ela estava dizia ama-la e ela também assim o faxia.
Um dia, o seu passado confrontou-a, ele perguntou-lhe pq estava com uma pessoa que não amava, porque estava a enganar o seu presente e futuro.
Ela não queria pensar no passado, mas de facto ela vivia no passado.
Tanto tempo a tentar esquecer e ele ameaça mais uma vez.
Depois de tanto tempo longe se encontrou com o passado, e estranhamente voltou para ele.
Poderia ela estar um pouco mais feliz, mas não parava de pensar que estava com a pessoa que a repugnou como um bicho, um monstro, uma ameaça ou mesmo uma crueldade ao dizer que o Amava.
Mal ele sabia que nunca ninguém o teria nem voltara a ama-lo como ela. O tempo foi passando, mas aos poucos ela não confiava, aos poucos tinha medo do que poderia sentir. E se perguntou:

-Será que te conheço mesmo? Quem será o monstro afinal? Não quiseste saber de mim quando dixe que te Ama-a. Porque ainda te amo, e se te amo como digo nunca o deixarei de sentir. Mas não posso estar com uma pessoa que não quer ser amada, ou então que prefere escolher por quem quer ser amado. Mais uma vez me vou magoar ao acabar. De certeza que um dia mais tarde vamos olhar de novo um para o outro.
No espaço em que ela estava com o presente e pensando no passado, um bando de problemas a afectava. Um dia, e não iria demorar muito, ela iria sair dos pais, e o pior, uma doença a atormentava.
O seu passado com quem ela partilhava agora o seu presente, teria muito pouco tempo para a adorar, para a desejar... Ela lhe confessou que não se queria apaixonar. E ele dixe:

-Quanto mais o tempo, mais a probabilidade de te apaixonares.

Ela pousou o telemóvel depois de ler a mensagem, e chorou, mais uma vez ele estaria a dizer indirectamente que se me apaixona-se era um adeus.
Nesta altura ela vivia num impasse, ela queria lutar contra o amor. Visto que não era de igual modo partilhado. Pensou, não conseguia pesar os prós e os contras, ele nunca quereria saber dela num dia mais tarde. Não era com ela que ele queria dizer Amo-te, por mais motivos que ela tivesse, mais ficava indecisa.
Vagueou uma noite, e perguntou á lua.
- O que faço? Serei assim tão insignificante para ninguém me ver?

- NEM TU? Mas porque? Não sabes o que é amar? Eu preferia não saber, não querer, QUE NÃO ME TIVESSEM ENCIMADO. Tirem me deste pesadelo.
E pensou, no dia que teria pedido o desejo que ele a perdoa-se e voltassem. Desejou esse dia com todas as forças e revirou a sua vida alterando o seu desejo. Numa segunda oportunidade ela teria reformulado o seu desejo na ponte, e pediu:

-Nunca mais quero voltar amar.

Então que a sua vida recomeça… Sem amor, sem amor? Como poderá haver um ser humano que não conheça a magia do amor? Amor puro que se estende por caminhos que o destino apenas os juntara…